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sábado, 19 de dezembro de 2009

A importância de se manter o serviço de contabilidade em dia


Para ter a noção exata desta importância, é preciso entender, antes, alguns aspectos que envolvem o Serviço de Contabilidade.
É preciso compreender que todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente com a empresa são, antes de qualquer coisa, colaboradores dela, sendo assim, desenvolvem suas atividades profissionais visando o crescimento não apenas pessoal, mas da organização para a qual prestam o serviço.
Com o escritório que presta Serviços de Contabilidade não é diferente. Portanto, para que se tenha o serviço rigorosamente em dia, é preciso primeiro que haja “interação e harmonia” entre as pessoas que trabalham na empresa e as pessoas que trabalham no escritório.
Sendo assim, com interação e harmonia, desenvolve-se o trabalho com mais qualidade e em tempo hábil. Mas para que isso ocorra, faz-se necessário passar por um ciclo simples e de fácil entendimento: organização, planejamento, execução e controle do serviço.
Organizar o que vai fazer,separando todos os documentos que serão utilizados no trabalho.
Planejar o que se vai fazer em um determinado tempo sempre deixando um espaço a mais caso ocorra algum imprevisto.
Executar o serviço com qualidade se doando em tempo integral, ou seja, dedicando-se àquilo e dando prioridade total no momento, não desviando a atenção para assuntos irrelevantes ou que não sejam inerentes ao serviço.
Controlar tudo com atenção, eficácia e perspicácia, quer dizer, não deixando nada “passar em branco”, estando atentos aos mais minuciosos detalhes, por mais simples que possam parecer.
Seguindo esse ciclo, não à risca, mas o mais próximo dele, o serviço dificilmente deixará de estar em dia.
A importância de se manter o serviço de Contabilidade em dia está inserida em um contexto do qual não se pode fugir.
Hoje, e cada vez mais, o nível de competitividade está elevado, mas é uma competição desigual, onde muitas vezes paga-se um Preço alto demais por não dispor das informações na hora em que estas são solicitadas.
Por isso, para que o administrador da empresa, os clientes, os fornecedores, as Instituições Financeiras, a Sociedade e todos os outros usuários das informações geradas pela própria empresa tenham a certeza de que podem confiar na organização empresarial, esta tem o dever de manter uma Contabilidade fidedigna e correta com responsabilidade civil e social.
E para que estas informações sejam passadas à Contabilidade com correção, é necessário que os administradores tratem seus empregados como colaboradores internos, dando suporte técnico para o desenvolvimento de suas funções, treinamento se necessário e “autonomia”. Autonomia, em alguns casos, para que desenvolvam suas atividades com mais confiança e de forma a trabalharem em conjunto com os colaboradores do escritório (interagindo em igualdade de conhecimento para o desempenho das funções).
Assim, ambos poderão cobrar e ser cobrados em um mesmo nível, pois haverá recíproca, tanto para a Contabilidade que necessita dos documentos fiscos-contábeis, quanto da empresa que necessita das informações geradas decorrentes destes documentos.
Com isso, sentirão que fazem parte de fato da empresa, da evolução desta, que poderão crescer junto com ela e trabalharão com mais vontade para que tudo ocorra da melhor maneira, ou seja, farão mais do que lhes for solicitado e, intrinsecamente, a Contabilidade estará atualizada.
Dessa forma, estando em dia a Contabilidade, a empresa estará “sendo vista com bons olhos” pelo Fisco, pois este verá que a empresa em si é organizada e cumpri com suas obrigações.
E, por fim, a empresa crescerá de maneira natural, conquistará seu próprio mercado, alcançará suas metas, objetivos e terá uma longevidade garantida, pois haverá qualidade na atividade por ela desenvolvida.




Fonte: http://www.classecontabil.com.br/v3/artigos/ver/2051
Autor: Johney L. da Silva

O Brasil precisa dos contadores! Contabilidade, o pilar do progresso da sociedade

É sabido que quando uma pessoa fala para outra que quer cursar Ciências Contábeis ninguém elogia e quando diz que quer fazer medicina, direito, Odontologia, entre outras profissões ditas “nobres” no Brasil, todo mundo acha “o máximo”. Mas, afinal, o que estas profissões têm que a contabilidade não tem? Qual é a glória dessas profissões?

No Brasil hoje, existe um excesso de advogados, entretanto o acesso a justiça é dado a passos lentos e está restrito a uma pouca parcela da população, existe um excesso de médicos, segundo a Organização Mundial da Saúde, o Brasil possui um dos maiores índices de médicos por habitante, entretanto, a Saúde no Brasil se encontra em caos. Contraditório não?

Antes de adentrarmos mais ao tema, cabe ressaltar que o objetivo desse artigo não é desmerecer profissão ou ciência alguma, todas elas, reservadas as suas particularidades, são importantes para a sociedade, e nem mesmo colocar a Contabilidade, como de fato outros autores o fazem, como uma “cabine de emprego”, pois se pensarem assim, não terão sucesso em suas vidas, porque o sucesso é obtido quando se faz o que gosta e ainda te pagam para isso. O objetivo deste artigo é apenas e tão somente colocar à Ciências Contábeis no seu lugar de direito, demonstrando que o valor que é dado as ciências e profissões no Brasil não é proporcional ao retorno que as mesmas dão para a Sociedade.

A Contabilidade é a profissão número “1” nos Estados Unidos e na maioria dos demais países ditos do “Primeiro Mundo”, seguidas das relativas à área de informática, entretanto, isso no Brasil não acontece, mas afinal, por quê?

O Advogado é indispensável à manutenção da justiça, por isso é Inviolável segundo a Constituição. O Contador é Indispensável à manutenção da ordem econômica e social, mas porque o mesmo não é Inviolável perante a Constituição?

A Contabilidade é um dos pilares do sucesso das empresas e do progresso da sociedade, se não o principal. O Brasileiro não tem o conhecimento do papel econômico e social do Contador, este sim, certamente é o motivo pelo qual a Contabilidade é vista com maus olhos pela Sociedade em sua grande parte, e proporcional a estes maus olhos é o caos que se encontra a Sociedade brasileira.

Alguns pensam que os profissionais contábeis, supostamente, apenas calculam e recolhem tributos em favor do Governo, mas esquecem que é este mesmo Governo o responsável por promover a cidadania e o bem estar social, e os tributos pagos pela Sociedade é o Preço dessa cidadania.

Embora seja esta, uma pequena parte desta grande Ciência, qualquer atividade exercida pelo Contador é de alta importância, pois os tributos calculados e recolhidos por estes profissionais são fundamentais para promover o Crescimento econômico e o desenvolvimento social do País. Os recursos arrecadados através dos tributos são destinados à saúde, à educação, à programas de transferência de renda e de estímulo à cidadania, como o Fome Zero e o Bolsa Família, parte é destinada a programas de geração de empregos e inclusão social, tais como: reforma agrária, plano de construção de habitação popular, saneamento e reurbanização de áreas degradadas nas cidades, construção e recuperação de estradas, Investimentos em infra-estrutura, incentivos para a Produção agrícola e industrial, segurança pública, estímulo à pesquisa científica, ao desenvolvimento de ciência e tecnologia, cultura e esporte, defesa do meio ambiente, seguro desemprego, entre outros.

Se os recursos arrecadados pelo governo através dos tributos são mal aplicados, isto não é culpa dos Contadores (cidadãos em geral, entenda isso), mas sim de uma grande parcela da própria Sociedade que por muitas vezes trocam os seus votos por favores, e continuam votando em políticos comprovadamente corruptos, mas isso é outra história.

O Contador pode ocupar-se de diversos cargos, e seria ingenuidade tentar mencioná-los aqui, pois renderia inúmeras páginas, ele está presente em todos os setores da sociedade, entretanto, cabe ressaltar que o mesmo pode exercer das mais simplistas, conforme demonstrado, mas não menos importantes, às mais complexas atividades profissionais. Por isso, e muito mais, caros colegas de profissão e aspirantes a Contadores, podem sonhar alto, pois certamente escolheram uma das melhores (se não a melhor) profissão do mundo, e podem ter certeza que a Contabilidade não é uma simples profissão ou ciência, é uma Filosofia de Vida.

O agir sobre o Patrimônio de forma a promover Rentabilidade e a sua sustentabilidade, esta é a arte. Quanto mais as empresas se tornam rentáveis e sustentáveis, melhor para seus os proprietários, melhor para o governo e para a população que recebe uma contrapartida através da aplicação dos recursos arrecadados pelo governo na forma de tributos na promoção da cidadania e do bem estar social, e a Contabilidade é o elo disso.

Todo ente por mais que em seus objetivos sociais não visem o lucro, eles necessitam ser sustentáveis, e a sustentabilidade só é alcançada através de uma boa gestão através da utilização de instrumentos contábeis. A própria Administração Pública teria uma gestão mais eficiente, se os nossos governantes tivessem alcance real a conhecimentos Contábeis. O Brasil precisa dos Contadores, a Contabilidade é o pilar do progresso da sociedade, entretanto, no nosso país, a valorização das profissões não é proporcional ao retorno que as mesmas dão para a Sociedade, conforme demonstrado.
Então incumbe a nós profissionais contábeis, lutar pela valorização da classe e por respeito à nossa profissão, através da demonstração para a Sociedade que a Contabilidade é essencial para a sua existência.
Autor: Oldair Cardec Pereira

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Adotar novo padrão contábil só traz benefícios


Desde o final de 2007, quando foi promulgada a lei 11.638, o Brasil passou a viver uma nova realidade com sua introdução no cenário das normas internacionais de contabilidade. A convergência do padrão brasileiro aos IFRS - International Financial Reporting Standards permitirá, além da própria modernização de nossas regras contábeis, a melhor inserção das empresas nacionais no mercado global.

O processo de convergência às normas internacionais de contabilidade está sendo implementado gradualmente, tendo sido iniciado em 2008 e com previsão de término em 2010. Inicialmente, apenas as companhias de Capital aberto, instituições financeiras e seguradoras teriam que publicar suas demonstrações contábeis de 2010 já adotando plenamente as novas regras inspiradas no padrão internacional.

Posteriormente, com o advento da lei 11.638, as chamadas sociedades de grande porte e as demais sociedades anônimas também passaram a ter a obrigatoriedade de registrar suas demonstrações contábeis em IFRS.

Agora, está em discussão o fato de que todas as empresas e entidades sejam obrigadas a utilizar as normas internacionais em 2010, o que criará um padrão contábil único para todos os empreendimentos, independente do seu tamanho. Dada a complexidade de algumas questões em IFRS, uma regra especifica para empresas e entidades de pequeno e médio porte está sendo criada pelo CFC - Conselho Federal de Contabilidade para facilitar o entendimento deste grupo em relação às novas regras contábeis.

De forma muito positiva, podemos ressaltar que o primeiro teste dos IFRS no Brasil, relativo às publicações dos balanços referentes a 2008 efetuadas no início deste ano, foi muito bem sucedido, incorporando às demonstrações contábeis elementos como o impairment e o ajuste a valor presente, entre outros pontos do padrão internacional.

Como comentado acima, as sociedades de grande porte – que faturam mais de R$ 300 milhões ao ano ou que possuem Ativos de mais de R$ 240 milhões – devem fazer sua contabilidade levando em consideração as novas normas, mesmo não sendo obrigadas a tornar públicas suas demonstrações. Como a lei 11.638 não estabelece punições para as empresas que não a cumprem, algumas delas têm relutado em adotar o padrão renovado, bem como se negado a auditar suas demonstrações contábeis.

O que os gestores dessas grandes corporações de Capital fechado parecem não ter percebido ainda é que, mesmo não havendo a obrigatoriedade de publicação de balanços para estas companhias, o cada vez mais global mercado financeiro está se fechando para organizações que não são transparentes. Para conceder crédito, as instituições financeiras têm exigido de seus tomadores a apresentação de demonstrações financeiras de acordo com o padrão atualmente vigente. Sem esta adequação, as taxas de juros cobradas por essas instituições podem ser ampliadas, ou a concessão do crédito pode ser simplesmente negada.

Há ainda os investidores de Capital de risco, que formam os chamados fundos de private equity. Diante da própria característica dos Investimentos realizados por esses fundos, que logicamente envolvem riscos que precisam ser ponderados, a gestão das empresas tomadoras é analisada com profundidade. Entre as exigências estabelecidas por estes fundos para que o Investimento seja aprovado está a apresentação de demonstrações financeiras da tomadora, sendo em alguns casos necessário reunir registros de dados relativos a pelo menos dois anos.

Vale lembrar que para se tomar crédito no exterior também é essencial que sejam disponibilizadas demonstrações contábeis das corporações de forma compreensível, isto é, que estejam em uma linguagem utilizada internacionalmente. Hoje, o padrão em IFRS é usado ou está em adoção em mais de cem países do mundo.

Portanto, as empresas que mantêm sua contabilidade adequada aos padrões contábeis em vigor no Brasil só têm a ganhar em sua relação com o mercado financeiro.

À medida que as normatizações complementares à legislação vigente venham sendo aprovadas pelo CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis (entidade que centraliza a publicação dos pronunciamentos alinhados ao padrão internacional), a Tendência é a de que o novo sistema contábil brasileiro se consolide. É certo que as empresas que forem se adequando ao longo do tempo nesse processo de transição estarão mais bem preparadas para atender às exigências impostas pelo mercado.

Não há dúvidas de que o Brasil é hoje um ator de destaque no cenário do mercado global, e essa é uma realidade que deve ser valorizada e encarada de frente. As empresas brasileiras mais adequadas a este cenário serão, sem dúvidas, aquelas que terão acesso às melhores oportunidades. Em suma, “é um caminho sem volta”, afinal, pode-se adiar a adoção do novo padrão contábil, mas não será possível fugir dele, até porque “a globalização será para todas as empresas o mesmo que o oxigênio é para os seres vivos”.



Autor: Henrique Campos
Fonte: http://www.classecontabil.com.br/v3/artigos/ver/2029

O SPED e a transformação do profissional contábil.

Estamos passando por uma das maiores transformações da área contábil dos últimos tempos. O SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) veio para ficar e é somente a ponta do ICEBERG.
Não vou entrar em detalhes da parte técnica do SPED, pois já temos varias publicações a respeito do assunto. Meu objetivo com esse artigo é relatar as sensações de quem vive o dia-a-dia de uma empresa de Serviços contábeis.

Se para as grandes empresas, que possuem todos os recursos necessários, a implantação do SPED está sendo um grande problema, imaginem como está sendo difícil para as pequenas e médias empresas. Tanto as pequenas, quanto a média empresa sempre foram muito dependentes da empresa contábil para cumprir suas obrigações fiscais. Com o advento do SPED essas obrigações passaram a recair diretamente sobre elas. O contador pode e está auxiliando na implantação desses novos sistemas, mas como todos sabem os sistemas não funcionam sozinhos, precisam de pessoas qualificadas para “apertar a tecla certa”. Ou seja, além do alto custo para aquisição de softwares e equipamentos adequados, o empresário está tendo que investir na qualificação da mão-de-obra que irá abastecer o sistema.

Reconheço a importância e a necessidade de o Estado aperfeiçoar cada vez mais a máquina arrecadadora, mas acredito que deveria haver um tempo de adaptação muito maior para as pequenas e médias empresas, pois a mudança é muito onerosa e difícil.

Pois bem, com ou sem prorrogação de prazo, o fato é que esse é um caminho sem volta. Com a implantação desses novos sistemas o Governo terá maior controle sobre as operações das empresas, como também das transações das pessoas físicas. Já estão até apelidando o SPED de “Big Brother Fiscal”. Não tem volta, só não sabemos ainda qual será o alcance e quando o ciclo se completará até a nossa total dependência do Governo.

Os contadores têm e continuarão a ter um papel muito importante durante todo o processo de implantação desse novo sistema de controle, mas o que acontecerá depois de tudo pronto ainda é uma incógnita. Nossa profissão passará por uma transformação nunca vista até então. O contador sempre foi praticamente o único canal de ligação entre o fisco e a empresa. Nosso status perante o Governo sempre foi mais no sentido de parceiro arrecadador de impostos do que propriamente um consultor de empresas (falo no âmbito das pequenas empresas), pois, para elas, existe uma legislação que praticamente obriga à Opção por um dos dois sistemas de tributação: Lucro Presumido ou Simples Nacional, ou seja, a grande maioria das empresas. O que sobra de espaço para o planejamento tributário em clientes de empresas contábeis? – “Meia dúzia” de empresas que se dispõe a enfrentarem as garras do leão através da apuração dos impostos pelo sistema conhecido por “Lucro Real”.

O Contador do futuro terá atribuições totalmente diferentes do que hoje conhecemos, e me arrisco a dizer que poucos imaginam quais serão as suas novas responsabilidades.

Não quero com isso, de forma alguma, alardear o fim de nossa profissão, assim como já aconteceu com tantas outras, mas sim, alertar aos que hoje se dedicam a este nobre oficio, a começarem a transformação, mesmo com um pouco de atraso, pois ela já iniciou há algum tempo, sob pena se tornarem obsoletos nesse novo modelo que está surgindo.

Para sintetizar um pouco o que está acontecendo com a nossa profissão, utilizo uma citação atribuída a Albert Einstein: “Preciso me dispor a desistir do que sou para me tornar o que serei”.



Autor: Isaac Rincaweski
fonte: http://www.classecontabil.com.br/v3/artigos/ver/2045

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Como absorver as críticas de clientes considerados “exigentes”?

Todos nós, direta ou indiretamente temos algum contato com clientes, digamos, um pouco “temperamentais”. Esses clientes podem ser externos ou internos, não importa. Pode ser o nosso chefe ou líder, nosso companheiro de departamento, de outro departamento, além é claro, do grande Rei: O Cliente. Este, geralmente, não perdoa!
Às vezes, fico imaginando que existem pessoas que vivem para procurar “deslizes” dos outros. Mas para nossa felicidade, apesar de fazer bastante barulho, eles são minoria.
Então, o que podemos fazer para “amenizar” os efeitos, uma vez que nem sempre podemos “demitir” o tal cliente, pois, apesar de tudo a empresa depende dele.
Não existe uma formula infalível e também temos de ter a consciência de que não conseguiremos mudar o cliente, quando muito, apenas tornar esse relacionamento menos conturbado.
Também devemos lembrar que o cliente que reclama é, muitas vezes, melhor do que aquele que não reclama, pois ele nos dá a oportunidade de reavaliar nossa conduta e também nos alerta sobre os possíveis problemas de nosso produto ou serviço, enquanto o cliente que “não reclama” acaba falando mal de nossa empresa sem nos dar a chance de defesa ou até mesmo a correção de algum procedimento que por ventura possa estar incorreto.
Outro ponto que devemos observar é o fato de não levar a reclamação para o lado pessoal. Sei que é difícil separar as coisas, mas se conseguirmos fazer essa distinção teremos mais chances de absorver as críticas, e, mais importante, contorná-las, seja resolvendo o problema ou amenizando os efeitos.
Tenha sempre em mente que para tudo existe uma solução. Não fique criando barreiras imaginárias. Seu trabalho é transpor as barreiras reais. Para lidar com clientes exigentes temos de usar toda a nossa energia, e, nossa mente tem de estar livre dos entulhos criados por nós mesmos.
Quando você consegue conquistar um cliente exigente, pode ter certeza, ele será o seu melhor vendedor. Ele falará bem de você e de sua empresa para muitas pessoas, pois ele está acostumado a ser “mal atendido” segundo seus padrões, é claro, e quando encontra uma empresa que satisfaça todas as suas necessidades ele faz questão divulgar a todos em sua volta.
Veja o que disse Bill Gates sobre o assunto: "Seus clientes menos satisfeitos são sua maior fonte de aprendizado."
Enfim, jamais conseguiremos obter 100% de clientes satisfeitos, mas para chegar próximo disso devemos nos colocar, sempre que possível, no lugar deles. Muitas vezes esquecemos de que estamos interagindo com outro ser humano, que têm problemas como nós e que precisa somente de um pouco de atenção, nada mais.
E você, já reparou como anda a sua conduta, quando você é o cliente?



Autor: Isaac Ricanweski
Fonte: http://www.classecontabil.com.br/v3/artigos/ver/1988

Simples trabalhista!

Li, com grande alegria, que existem estudos para criação do chamado “Simples Trabalhista”. Devemos apoiar essa idéia, pois a pequena empresa tem grande dificuldade na contratação de mão de obra. Apesar de existir tributação diferenciada para as empresas enquadradas no Simples Nacional, no âmbito trabalhista, elas têm praticamente o mesmo tratamento oferecido às grandes empresas. Ou seja, enfrentam a mesma burocracia, pagam os mesmos pisos salariais e obedecem à mesma convenção coletiva.

Isso tudo leva a um alto grau de informalidade no segmento das pequenas empresas, pois na maioria dos casos, não conseguem absorver tamanho custo burocrático e trabalhista.

O estudo em elaboração abre a possibilidade para patrões e empregados negociarem separadamente, por exemplo, o valor e pagamento do piso salarial de cada categoria, do FGTS, incluindo a alíquota, e da participação nos resultados e lucros que, pela legislação atual, não pode ser parcelada ao longo do ano.

Nossa legislação trabalhista possui 922 artigos e é uma das mais complexas do mundo. De nada adianta termos uma legislação que alcança somente 50% da força de trabalho nacional enquanto os demais não podem usufruir os mesmos direitos por trabalharem em pequenas empresas que não conseguem suportar essa pesada carga. Ou seja, temos que criar uma Opção viável para ambos: empregado e empregador.

Os sindicatos trabalhistas devem entender que nosso país precisa gerar uma quantidade enorme de empregos para absorver toda essa mão de obra que é jogada no mercado anualmente. Os jovens precisam de oportunidades para trabalhar, e essas oportunidades virão somente se houver um pouco de flexibilidade nas regras trabalhistas, mais ainda no caso das microempresas.

Chega de hipocrisia e de discursos vazios e eleitoreiros. Precisamos de ação. O empresário está cansado de ouvir a mesma desculpa. O próprio trabalhador, se consultado e devidamente esclarecido aprovará mudanças que estimulem a manutenção e, principalmente, a criação de novos postos de trabalho. E isso, somente será possível se houver uma quebra de paradigma.

Foi louvável a aprovação da lei do Micro Empreendedor Individual (MEI), que pretende tirar da informalidade aproximadamente 14 milhões de pessoas que trabalham por conta própria (cabeleireiros, ambulantes, etc.).

Então, para dar continuidade a esse esforço nacional em direção à formalização da maioria dos trabalhadores, precisamos, urgentemente, elaborar e aprovar uma lei que simplifique as relações trabalhistas para as pequenas empresas.



Autor: Isaac Riscaweski
Fonte: http://www.classecontabil.com.br/v3/artigos/ver/1981

sexta-feira, 26 de junho de 2009

A flexibilidade na administração dos pequenos negócios.

Os empresários de micro e pequenas empresas têm um trunfo que deve ser utilizado com muita freqüência na administração de suas empresas: a flexibilidade para mudanças rápidas nas estratégias de suas empresas.
Pode parecer simplório, mas a agilidade na tomada de decisões é, sim, uma enorme vantagem competitiva. Apesar disso, por insegurança ou falta de conhecimento específico, muitos empresários não conseguem assimilar a velocidade ideal e acabam não utilizando essa poderosa ferramenta a seu favor, ficando em clara desvantagem competitiva com as grandes empresas.
O contador pode e deve auxiliar o empresário na gestão de seus negócios, mas em hipótese alguma pode tomar decisões que são de única responsabilidade do sócio administrador. Salvo raras exceções, hoje em dia, para que um empresário encontre o caminho do sucesso nos negócios, precisará buscar um mínimo de qualificação na área administrativa. Somente com essa qualificação aliada à assessoria de um profissional contábil poderá fazer com que a sua empresa consiga se destacar nesse mercado extremamente competitivo.
Muitos empresários, ainda hoje, não sabem ligar um computador! E pior, não têm a mínima vontade de aprender. Ou seja, a pessoa parou no tempo da vendinha que marcava na caderneta e acha que assim está bom.
Não falo somente de pequenas mercearias, mas também de empresas de porte razoável que ainda não possuem e-mail ou, se tem, não fazem uso. Empresas que não possuem “livro caixa”. Não se pode imaginar uma empresa que não faça um simples controle das entradas e saídas dos recursos financeiros, mesmo que o negócio seja administrado somente pela família – como justificam alguns empresários.
“Mais eu sempre trabalhei assim e até agora deu certo!”. Talvez tenha dado certo até o momento, devido às altas margens de lucro, falta de concorrência, etc., mas os tempos são outros e os empresários que continuarem com essa visão estão fadados ao fracasso.
Então, aqueles que possuem um conhecimento mínimo em gestão de negócios e acesso a Tecnologia tem muito mais chances de alcançar o sucesso nos negócios. Quando você tem nas mãos informações estratégicas, tais como: Giro dos estoques, ponto de equilíbrio, fluxo de caixa, indicadores econômicos e financeiros, etc., tudo isso aliado a um produto de qualidade e aceitação no mercado, poderá fazer alterações de rota muito mais rápido que seu concorrente e, portanto, com mais probabilidade de usufruir dos resultados esperados. Pense nisso!

Autor: Isaac Rincaweski
Fonte:http://www.classecontabil.com.br/v3/artigos/ver/1973

Procedimento para abertura de Firma Individual para Representação Comercial.

A representação comercial constitui uma atividade interessante para as empresas. Ele faz negócios, não vende nem compra mercadorias, apenas presta Serviços à indústria e/ou ao comércio sem vinculo empregatício, tirando pedidos e realizando a função de ponte nos negócios, sempre em benefício da organização que contratou seus serviços.
O contrato de representação comercial é regido pela Lei nº 4.886/1965 alterada pela Lei nº 8.420/1992, que traz em seu art. 1o o conceito de representante comercial autônomo, como sendo a pessoa física ou jurídica, sem relação de emprego que desenvolve por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para realização de negócios, intermediando propostas ou pedidos, para, transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios.Abertura de Firma Individual de Representação Comercial.

Documentos Básicos:

• RG e CPF dos sócios
• Comprovante de endereço dos sócios
• Comprovante de endereço do local da empresa
• IPTU do local da empresa
• São necessárias quatro cópias de cada doc. acima , sendo uma autenticada;
• Habite-se
• Laudo de vistoria do bombeiro;
• Firma registrada em cartório para reconhecimento de assinaturas;

Se a empresa for de representação comercial, será necessário também:

• Título de eleitor;
• Comprovante de votação na última eleição;
• 3 fotos 3x4 recentes;
• Certificado de reservista.

Tempo Médio de Espera

• Registro do Contrato Social na Junta Comercial - 15 dias;
• Certidão de Atividade na Prefeitura - 8 dias úteis;
• Abertura do CNPJ - 20 dias;
• Abertura no Posto Fiscal - 25 dias; (Isento)
• Abertura na Prefeitura - 20 dias após cumprir as exigências da certidão de ativ.

Documentos Necessários para a Empresa poder Funcionar

• Contrato Social devidamente registrado;
• CNPJ;• Inscrição Estadual, se for comércio ou indústria;
• Inscrição Municipal;• Alvará de Funcionamento da Prefeitura;
• Laudo de Vistoria do Bombeiro para locais acima de 100 metros quadrados;
• Alvará Sanitário para produtos alimentícios, clínicas médicas e odontológicas;
• Licença de Instalação e Funcionamento da Cetesb se for indústria;
• Licença da Corcesp se for firma de representação comercial

Maiores informações referente contabilidade www.gecafsp.com.br
Autor: Maxmiliano Vieira.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Qual padrão contábil deve ser aplicado nas empresas de médio porte?

A harmonização da contabilidade brasileira com as Normas Internacionais de Contabilidade vem ocorrendo desde a promulgação da Lei 11.638/07, que atualizou a Lei 6.404/76, das Sociedades por Ações.

Para fugir do âmbito formal e passar a tratar a contabilidade como ciência, a lei estabelece conceitos básicos, que deverão ser interpretados em conjunto com os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis, que na verdade são traduções quase fiéis das normas emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), órgão que se auto se incumbiu de implantar a globalização contábil.

Sem dúvida alguma, esta lei atende quase plenamente as grandes corporações, se existir comprometimento de seus administradores em aplicá-la de forma adequada.

No entanto, os maiores empregadores do Brasil, ainda são as pequenas e médias empresas, independentemente da forma societária, sejam elas sociedades anônimas ou limitadas, desta forma, nós contadores devemos fazer as seguintes perguntas:

a) As Normas Internacionais de Contabilidade trazem benefícios às médias corporações?

b) A aplicação dos mesmos procedimentos contábeis a grandes e médias corporações trará mais comparabilidade para os stakeholders (clientes, fornecedores, credores e outros grupos que possuem um vínculo econômico direto com a empresa) e acionistas?

c) Já existe número suficiente de profissionais da área contábil para atender a esta Demanda do mercado?

O equilíbrio entre o custo e o benefício é uma limitação de ordem prática, ao invés de uma característica qualitativa. Os benefícios decorrentes da informação devem exceder o custo de produzi-la. A avaliação dos custos e benefícios é, em essência, um exercício de julgamento.

Além disso, os custos não recaem, necessariamente, sobre aqueles usuários que usufruem os benefícios, que podem também ser aproveitados por outros usuários, assim como por aqueles para os quais as informações foram preparadas. Por exemplo, o fornecimento de mais informações aos credores por empréstimos pode reduzir os custos financeiros da entidade. Por todas essas razões, é difícil aplicar o teste de custo-benefício em qualquer caso específico.

Não obstante, os órgãos normativos em especial, bem como os elaboradores e usuários das demonstrações contábeis, devem estar conscientes dessa limitação. A elaboração de padrões contábeis de acordo com as Normas Internacionais gera custos adicionais de processamento de dados, pessoal, treinamento, consultores tributários e auditores externos, com certeza, em muitos casos os custos excederão os benefícios.

Quanto à comparabilidade, a mesma só existe quando pensamos em empresas do mesmo setor e porte equivalente; é absolutamente uma perda de tempo analisar o Balanço de uma grande corporação com parâmetros semelhantes aos levados em conta na avaliação dos números de um empreendimento bem menor, mesmo que se trate de um mesmo setor.

As políticas comerciais e despesas, que se refletem na contabilidade, são incomparáveis, por exemplo, a uma rede de Varejo que venda vinhos em grandes quantidades, e espera obter um lucro por unidade menor com maior quantidade de unidades vendidas, enquanto uma adega especializada irá tentar obter uma margem maior de lucro, por meio de preços maiores, justificados pelo atendimento diferenciado. Uma análise comparativa entre o supermercado e a adega, portanto, é tão válida quanto comparar o desempenho desse tipo de negócio ao de uma joalheria.

Soma-se a isso o fato de, até recentemente, os estudantes que cursavam o segundo grau técnico em contabilidade estavam aptos a assinar as demonstrações contábeis de qualquer empresa depois de formados. Isso mesmo: um rapaz de 19 anos que fez um curso técnico em contabilidade estava apto a validar as demonstrações contábeis de uma Petrobras, por exemplo. Isso não quer dizer que inexistam excelentes contadores em nível técnico, eu mesmo conheço vários deles, porém ainda são meras exceções.

Os cursos superiores de ciências contábeis, por sua vez, introduziram apenas há pouco tempo a matéria de contabilidade internacional em seus currículos. Além disso, suas grades curriculares não atendem às necessidades reais para aplicação das Normas Internacionais, ou seja, os programas terão que se voltar mais para a matemática e economia, pois essas matérias têm reflexos diretos na contabilidade internacional. Pelo exposto, é facilmente perceptível que não teremos número suficiente de profissionais na área contábil, aptos a aplicar a contabilidade internacional nos próximos dez anos.

Fica claro, diante de tudo isso, que é praticamente impossível implantar neste momento a contabilidade internacional nas pequenas e médias empresas, cabendo ao Conselho Federal de Contabilidade e à Receita Federal aceitarem a antiga Lei 6.404/76 como o padrão contábil para estas empresas.




Autor: Marco Antonio Papini



E aí qual a sua opinião sobre o assunto? Vamos discutir?!

Executivo deve entender de Contabilidade?!

A Contabilidade nasceu com a necessidade de gerenciamento da riqueza, logo ela é uma ferramenta de apoio à gestão, voltada para solucionar problemas, antecipar situações, evidenciar cenários e explicar as mutações ocorridas com o patrimônio.
Mas o que se vê ainda hoje na maioria das empresas, é aquela Contabilidade voltada para fins de geração de demonstrações com enfoque no passado, dirigidos principalmente para atender legislações fiscais e societárias. Claro que isso é um dos objetivos da Contabilidade, mas não pode ser sua Missão na empresa.

A necessidade de projetar dados para uma visão do futuro, é na atualidade condição essencial para que uma empresa possa sobreviver sem problemas em um mercado ágil e competitivo, onde não há lugar para bons e sim para os melhores.
Levando em consideração que o objetivo principal da Contabilidade é o gerenciamento da riqueza é inaceitável que o executivo não entenda, pois gestão da riqueza está em suas mãos.
Claro que a Contabilidade tem suas regras e peculiaridades, e são muitas, mas isso quem tem a obrigação de saber é o contador. Aliás, este também deve entender de gestão, para que ele possa executar com mais afinco sua função, que é apoiar o executivo nas sua gestão.

O contador então tem função de transformar a contabilidade em informações úteis e oportunas, clara e objetiva, de modo a apoiar o executivo na sua tomada de decisão, com dados em históricos e variações patrimoniais ocorridas no espaço e no tempo.
Características das Informações Contábeis:
- Informação não utilizada que não gera qualquer Ação acaba se transformando num mero dado.
- Uma Informação deve ser inteligente, levando em consideração aspectos culturais e comportamentais de quem vai a utilizar.
- Quanto mais complexo o modelo de informação, menor será sua utilidade.
- A informação gerencial só se justifica se permitir uma tomada de decisão e isso só é viável dentro de prazos aceitáveis, ou seja, tempestivamente.
- Uma informação é válida apenas à medida que ela auxilia o futuro.
Autor: Nelson Henrique Pereira
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quarta-feira, 24 de junho de 2009

Como surgiu a contabilidade?


A história da contabilidade é tão antiga quanto a própria história da civilização. Está ligada às primeiras manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos.
Deixando a caça, o homem voltou-se à organização da agricultura e do pastoreio. A organização econômica acerca do direito do uso do solo acarretou em separatividade, rompendo a vida comunitária, surgindo divisões e o senso de propriedade. Assim, cada pessoa criava sua riqueza individual.
Ao morrer, o legado deixado por esta pessoa não era dissolvido, mas passado como herança aos filhos ou parentes. A herança recebida dos pais (pater, patris), denominou-se patrimônio. O termo passou a ser utilizado para quaisquer valores, mesmo que estes não tivessem sido herdados.
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo exercida nas principais cidades da Antiguidade.
A atividade de troca e venda dos comerciantes semíticos requeria o acompanhamento das variações de seus bens quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora rudimentares. Um escriba egípcio contabilizou os negócios efetuados pelo governo de seu país no ano 2000 a.C.

À medida que o homem começava a possuir maior quantidade de valores, preocupava-lhe saber quanto poderiam render e qual a forma mais simples de aumentar as suas posses; tais informações não eram de fácil memorização quando já em maior volume, requerendo registros.

Foi o pensamento do "futuro" que levou o homem aos primeiros registros a fim de que pudesse conhecer as suas reais possibilidades de uso, de consumo, de produção etc.

Com o surgimento das primeiras administrações particulares aparecia a necessidade de controle, que não poderia ser feito sem o devido registro, a fim de que se pudesse prestar conta da coisa administrada.
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente o registro de informações sobre negócios.
A medida em que as operações econômicas se tornam complexas, o seu controle se refina. As escritas governamentais da República Romana (200 a.C.) já traziam receitas de caixa classificadas em rendas e lucros, e as despesas compreendidas nos itens salários, perdas e diversões.
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela igreja. Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá.
Podemos resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma:
CONTABILIDADE DO MUNDO ANTIGO - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria Leonardo Fibonaci, o Pisano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MEDIEVAL - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano.
CONTABILIDADE DO MUNDO MODERNO - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade.
CONTABILIDADE DO MUNDO CIENTÍFICO - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje.


PERÍODO ANTIGO


A contabilidade empírica, praticada pelo homem antigo, já tinha como objeto o Patrimônio, representado pelos rebanhos e outros bens nos seus aspectos quantitativos.
Os primeiros registros processaram-se de forma rudimentar, na memória do homem. Como este é um ser pensante, inteligente, logo encontrou formas mais eficientes de processar os seus registros, utilizando gravações e outros métodos alternativos.
O inventário exercia um importante papel, pois a contagem era o método adotado para o controle dos bens, que eram classificados segundo sua natureza: rebanhos, metais, escravos, etc. A palavra "Conta" designa o agrupamento de itens da mesma espécie.
As primeiras escritas contábeis datam do término da Era da Pedra Polida, quando o homem registrava os seus primeiros desenhos e gravações.
Os primeiros controles eram estabelecidos pelos templos, o que perdurou por vários séculos.
Os suméricos e babilônicos, assim como os assírios, faziam os seus registros em peças de argila, retangulares ou ovais, ficando famosas as pequenas tábuas de Uruk, que mediam aproximadamente 2,5 a 4,5 centímetros, tendo faces ligeiramente convexas.
Os registros combinavam o figurativo com o numérico. Gravava-se a cara do animal cuja existência se queria controlar e o numero correspondente às cabeças existentes.
Embora rudimentar, o registro, em sua forma, assemelhava-se ao que hoje se processa. O nome da conta, "Matrizes" , por exemplo, substituiu a figura gravada, enquanto o aspecto numérico se tornou mais qualificado, com o acréscimo do valor monetário ao quantitativo. Esta evolução permitiu que, paralelamente à "Aplicação", se pudesse demonstrar, também, a sua "Origem" .
Na cidade de Ur, na Caldéia, onde viveu Abraão, personagem bíblico citado no livro Gênesis, encontram-se, em escavações, importantes documentos contábeis: tabela de escrita cuneiforme, onde estão registradas contas referentes á mão-de-obra e materiais, ou seja, Custos Diretos. Isto significa que, há 5.000 anos antes de Cristo, o homem já considerava fundamental apurar os seus custos.
O Sistema Contábil é dinâmico e evoluiu com a duplicação de documentos e "Selos de Sigilo". Os registros se tornaram diários e, posteriormente, foram sintetizados em papiros ou tábuas, no final de determinados períodos. Sofreram nova sintetização, agrupando-se vários períodos, o que lembra o diário, o balancete mensal e o balanço anual.
Já se estabelecia o confronto entre variações positivas e negativas, aplicando-se, empiricamente, o Princípio da Competência. Reconhecia-se a receita, a qual era confrontada com a despesa.
Os egípcios legaram um riquíssimo acervo aos historiadores da Contabilidade, e seus registros remontam a 6.000 anos antes de Cristo.
A escrita no Egito era fiscalizada pelo Fisco Real, o que tornava os escriturários zelosos e sérios em sua profissão. O inventário revestia-se de tal importância, que a contagem do boi, divindade adorada pelos egípcios, marcava o inicio do calendário adotado. Inscreviam-se bens móveis e imóveis, e já se estabeleciam, de forma primitiva, controles administrativos e financeiros.
As "Partidas de Diário" assemelhavam-se ao processo moderno: o registro iniciava-se com a data e o nome da conta, seguindo-se quantitativos unitários e totais, transporte, se ocorresse, sempre em ordem cronológica de entradas e saídas.
Pode-se citar, entre outras contas: "Conta de Pagamento de Escravos", "Conta de Vendas Diárias", "Conta Sintética Mensal dos Tributos Diversos", etc.
Tudo indica que foram os egípcios os primeiros povos a utilizar o valor monetário em seus registros. Usavam como base, uma moeda, cunhada em ouro e prata, denominada "Shat". Era a adoção, de maneira prática, do Princípio do Denominador Comum Monetário.
Os gregos, baseando-se em modelos egípcios, 2.000 anos antes de Cristo, já escrituravam Contas de Custos e Receitas, procedendo, anualmente, a uma confrontação entre elas, para apuração do saldo. Os gregos aperfeiçoaram o modelo egípcio, estendendo a escrituração contábil às várias atividades, como administração pública, privada e bancária.


NA BÍBLIA


Há interessantes relatos bíblicos sobre controles contábeis, um dos quais o próprio Jesus relatou em Lucas capítulo 16, versos 1 a 7: o administrador que fraudou seu senhor, alterando os registros de valores a receber dos devedores.
No tempo de José, no Egito, houve tal acumulação de bens que perderam a conta do que se tinha! (Gênesis 41.49).
Houve um homem muito rico, de nome Jó, cujo patrimônio foi detalhadamente inventariado no livro de Jó, capítulo 1, verso 3. Depois de perder tudo, ele recupera os bens, e um novo inventário é apresentado em Jó, capítulo 42, verso 12.
Os bens e as rendas de Salomão também foram inventariados em 1º Reis 4.22-26 e 10.14-17.
Em outra parábola de Jesus, há citação de um construtor, que faz contas para verificar se o que dispunha era suficiente para construir uma torre (Lucas 14.28-30).
Ainda, se relata a história de um devedor, que foi perdoado de sua dívida registrada (Mateus 18.23-27).
Tais relatos comprovam que, nos tempos bíblicos, o controle de ativos era prática comum.


PERÍODO MEDIEVAL


Em Itália, em 1202, foi publicado o livro "Liber Abaci" , de Leonardo Pisano.
Estudavam-se, na época, técnicas matemáticas, pesos e medidas, câmbio, etc., tornando o homem mais evoluído em conhecimentos comerciais e financeiros.
Se os sumérios-babilônios plantaram a semente da Contabilidade e os egípcios a regaram, foram os italianos que fizeram o cultivo e a colheita.
Foi um período importante na história do mundo, especialmente na história da Contabilidade, denominado a "Era Técnica" , devido às grandes invenções, como moinho de vento, aperfeiçoamento da bússola, etc., que abriram novos horizontes aos navegadores, como Marco Pólo e outros.
A indústria artesanal proliferou com o surgimento de novas técnicas no sistema de mineração e metalurgia. O comércio exterior incrementou-se por intermédio dos venezianos, surgindo, como conseqüência das necessidades da época, o livro caixa, que recebia registros de recebimentos e pagamentos em dinheiro. Já se utilizavam, de forma rudimentar, o débito e o crédito, oriundos das relações entre direitos e obrigações, e referindo-se, inicialmente, a pessoas.
O aperfeiçoamento e o crescimento da Contabilidade foram a conseqüência natural das necessidades geradas pelo advento do capitalismo, nos séculos XII e XIII. O processo de produção na sociedade capitalista gerou a acumulação de capital, alterando-se as relações de trabalho. O trabalho escravo cedeu lugar ao trabalho assalariado, tornando os registros mais complexos. No século X, apareceram as primeiras corporações na Itália, transformando e fortalecendo a sociedade burguesa.
No final do século XIII apareceu, pela primeira vez a conta "Capital" , representando o valor dos recursos injetados nas companhias pela família proprietária.
O método das Partidas Dobradas teve sua origem na Itália, embora não se possa precisar em que região. O seu aparecimento implicou a adoção de outros livros que tornassem mais analítica a Contabilidade, surgindo, então, o Livro da Contabilidade de Custos.
No início do Século XIV, já se encontravam registros explicitados de custos comerciais e industriais, nas suas diversas fases: custo de aquisição; custo de transporte e dos tributos; juros sobre o capital, referente ao período transcorrido entre a aquisição, o transporte e o beneficiamento; mão-de-obra direta agregada; armazenamento; tingimento, etc., o que representava uma apropriação bastante analítica para época. A escrita já se fazia no moldes de hoje, considerando, em separado, gastos com matérias-primas, mão-de-obra direta a ser agregada e custos indiretos de fabricação. Os custos eram contabilizados por fases separadamente, até que fossem transferidos ao exercício industrial.


PERÍODO MODERNO


O período moderno foi a fase da pré-ciência. Devem ser citados três eventos importantes que ocorreram neste período:
em 1453, os turcos tomam Constantinopla, o que fez com que grandes sábios bizantinos emigrassem, principalmente para Itália;
em 1492, é descoberta a América e, em 1500, o Brasil, o que representava um enorme potencial de riquezas para alguns países europeus;
em 1517, ocorreu a reforma religiosa; os protestantes, perseguidos na Europa, emigram para as Américas, onde se radicaram e iniciaram nova vida.
A Contabilidade tornou-se uma necessidade para se estabelecer o controle das inúmeras riquezas que o Novo Mundo representava.
A introdução da técnica contábil nos negócios privados foi uma contribuição de comerciantes italianos do séc. XIII. Os empréstimos a empresas comerciais e os investimentos em dinheiro determinaram o desenvolvimento de escritas especiais que refletissem os interesses dos credores e investidores e, ao mesmo tempo, fossem úteis aos comerciantes, em suas relações com os consumidores e os empregados.
O aparecimento da obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade.


FREI LUCA PACIOLI


Escreveu "Tratactus de Computis et Scripturis" (Contabilidade por Partidas Dobradas), publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos.
Pacioli foi matemático, teólogo, contabilista entre outras profissões. Deixou muitas obras, destacando-se a "Summa de Aritmética, Geometria, Proportioni et Proporcionalitá", impressa em Veneza, na qual está inserido o seu tratado sobre Contabilidade e Escrituração.
Pacioli, apesar de ser considerado o pai da Contabilidade, não foi o criador das Partidas Dobradas. O método já era utilizado na Itália, principalmente na Toscana, desde o Século XIV.
O tratado destacava, inicialmente, o necessário ao bom comerciante. A seguir conceituava inventário e como fazê-lo. Discorria sobre livros mercantis: memorial, diário e razão, e sobre a autenticação deles; sobre registros de operações: aquisições, permutas, sociedades, etc.; sobre contas em geral: como abrir e como encerrar; contas de armazenamento; lucros e perdas, que na época, eram "Pro" e "Dano"; sobre correções de erros; sobre arquivamento de contas e documentos, etc.
Sobre o Método das Partidas Dobradas, Frei Luca Pacioli expôs a terminologia adaptada:
"Per " , mediante o qual se reconhece o devedor;
"A " , pelo qual se reconhece o credor.
Acrescentou que, primeiro deve vir o devedor, e depois o credor, prática que se usa até hoje.
A obra de Frei Luca Pacioli, contemporâneo de Leonardo da Vinci, que viveu na Toscana, no século XV, marca o início da fase moderna da Contabilidade. A obra de Pacioli não só sistematizou a Contabilidade, como também abriu precedente que para novas obras pudessem ser escritas sobre o assunto. É compreensível que a formalização da Contabilidade tenha ocorrido na Itália, afinal, neste período instaurou-se a mercantilização sendo as cidades italianas os principais interpostos do comércio mundial.
Foi a Itália o primeiro país a fazer restrições à prática da Contabilidade por um indivíduo qualquer. O governo passou a somente reconhecer como contadores pessoas devidamente qualificadas para o exercício da profissão. A importância da matéria aumentou com a intensificação do comércio internacional e com as guerras ocorridas nos séculos XVIII e XIX, que consagraram numerosas falências e a conseqüente necessidade de se proceder à determinação das perdas e lucros entre credores e devedores.


PERÍODO CIENTÍFICO

O Período Científico apresenta, nos seus primórdios, dois grandes autores consagrados: Francesco Villa, escritor milanês, contabilista público, que, com sua obra "La Contabilità Applicatta alle administrazioni Private e Plubbliche", inicia a nova fase; e Fábio Bésta, escritor veneziano.
Os estudos envolvendo a Contabilidade fizeram surgir três escolas do pensamento contábil: a primeira, chefiada por Francisco Villa, foi a Escola Lombarda; a segunda, a Escola Toscana, chefiada por Giusepe Cerboni; e a terceira, a Escola Veneziana, por Fábio Bésta.
Embora o século XVII tivesse sido o berço da era científica e Pascal já tivesse inventado a calculadora, a ciência da Contabilidade ainda se confundia com a ciência da Administração, e o patrimônio se definia como um direito, segundo postulados jurídicos.
Nessa época, na Itália, a Contabilidade já chegara à universidade. A Contabilidade começou a ser lecionada com a aula de comércio da corte, em 1809.
A obra de Francesco Villa foi escrita para participar de um concurso sobre Contabilidade, promovido pelo governo da Áustria, que reconquistara a Lombarda, terra natal do autor. Além do prêmio, Villa teve o cargo de Professor Universitário.
Francisco Villa extrapolou os conceitos tradicionais de Contabilidade, segundo os quais escrituração e guarda livros poderiam ser feitas por qualquer pessoa inteligente. Para ele, a Contabilidade implicava conhecer a natureza, os detalhes, as normas, as leis e as práticas que regem a matéria administradas, ou seja, o patrimônio. Era o pensamento patrimonialista.
Foi o inicio da fase científica da Contabilidade.
Fábio Bésta, seguidor de Francesco Villa, superou o mestre em seus ensinamentos. Demonstrou o elemento fundamental da conta, o valor, e chegou, muito perto de definir patrimônio como objeto da Contabilidade.
Foi Vicenzo Mazi, seguidor de Fábio Bésta, quem pela primeira vez, em 1923, definiu patrimônio como objeto da Contabilidade. O enquadramento da Contabilidade como elemento fundamental da equação aziendalista, teve, sobretudo, o mérito incontestável de chamar atenção para o fato de que a Contabilidade é muito mais do que mero registro; é um instrumento básico de gestão.
Entretanto a escola Européia teve peso excessivo da teoria, sem demonstrações práticas, sem pesquisas fundamentais: a exploração teórica das contas e o uso exagerado das partidas dobradas, inviabilizando, em alguns casos, a flexibilidade necessária, principalmente, na Contabilidade Gerencial, preocupando-se demais em demonstrar que a Contabilidade era uma ciência ao invés de dar vazão à pesquisa séria de campo e de grupo.
A partir de 1920, aproximadamente, inicia-se a fase de predominância norte-americana dentro da Contabilidade.


ESCOLA NORTE-AMERICANA

Enquanto declinavam as escolas européias, floresciam as escolas norte-americanas com suas teorias e práticas contábeis, favorecidas não apenas pelo apoio de uma ampla estrutura econômica e política, mas também pela pesquisa e trabalho sério dos órgãos associativos. O surgimento do American Institut of Certield Public Accountants foi de extrema importância no desenvolvimento da Contabilidade e dos princípios contábeis; várias associações empreenderam muitos esforços e grandes somas em pesquisas nos Estados Unidos. Havia uma total integração entre acadêmicos e os já profissionais da Contabilidade, o que não ocorreu com as escolas européias, onde as universidades foram decrescendo em nível, em importância.
A criação de grandes empresas, como as multinacionais ou transnacionais, por exemplo, que requerem grandes capitais, de muitos acionistas, foi a causa primeira do estabelecimento das teorias e práticas contábeis, que permitissem carreta interpretação das informações, por qualquer acionista ou outro interessado, em qualquer parte do mundo.
Nos inícios do século atual, com o surgimento das gigantescas corporações, aliado ao formidável desenvolvimento do mercado de capitais e ao extraordinário ritmo de desenvolvimento que os Estados Unidos da América experimentou e ainda experimenta, constitui um campo fértil para o avanço das teorias e práticas contábeis. Não é por acaso que atualmente o mundo possui inúmeras obras contábeis de origem norte-americanas que tem reflexos diretos nos países de economia.

NO BRASIL

No Brasil, a vinda da Família Real Portuguesa incrementou a atividade colonial, exigindo – devido ao aumento dos gastos públicos e também da renda nos Estados – um melhor aparato fiscal. Para tanto, constituiu-se o Erário Régio ou o Tesouro Nacional e Público, juntamente com o Banco do Brasil (1808). As Tesourarias de Fazenda nas províncias eram compostas de um inspetor, um contador e um procurador fiscal, responsáveis por toda a arrecadação, distribuição e administração financeira e fiscal.
Hoje, as funções do contabilista não se restringem ao âmbito meramente fiscal, tornando-se, num mercado de economia complexa, vital para empresas informações mais precisas possíveis para tomada de decisões e para atrair investidores. O profissional vem ganhando destaque no mercado em Auditoria, Controladoria e Atuarial.
São áreas de analise contábil e operacional da empresa, e, para atuários, um profissional raro, há a especialização em estimativas e análises; o mercado para este cresce em virtude de planos de previdência privada.